Nós incomodamos?

A respeito do Artigo de J. R. Guzzo, publicado na revista veja sobre os evangélicos “Essa gente incômoda”. 

Por estar há vários dias em viagem só agora tomei conhecimento do artigo da Revista Veja. Infelizmente por estar em local muito remoto, não tenho acesso à revista.

Já fomos assinantes (em nome de minha esposa) de Veja durante muitos anos, mas não somos mais pois há bastante tempo temos visto uma deterioração da qualidade das reportagens e do conteúdo em geral, bastante inferiores à que marcou essa revista durante décadas.

No texto, o articulista J. R. Guzzo cita que os evangélicos são o grupo religioso que mais cresce no Brasil e os caracteriza como “incômodos” para grande parte da sociedade.

“Trata-se da ‘fé evangélica’, como se chama, para simplificar, a vasta constelação de igrejas, seitas e cultos de origem protestante que nas estatísticas já reúnem um terço da população brasileira — e na vida real podem estar além disso. Esse povo, em grande parte do ‘tipo moreno’, ou ‘brasileiro’, vem sendo visto com horror crescente pela gente bem do Brasil”, escreve o autor do texto em um trecho.

Na vião de J. R. Guzzo, a “gente de bem” não são necessariamente classificadas por sua honestidade e conduta irrepreensível. Ele explica: “Sabe-se quem são: os mais ricos, mais instruídos, mais viajados, mais capacitados a discutir política, cultura e temas nacionais. São geralmente descritos como esclarecidos, liberais, intelectuais, modernos, politizados, sofisticados e portadores de diversas outras virtudes. Toda a esquerda nacional, por definição, está aí dentro”, argumenta.

O “gente de bem”, na visão de J. R. Guzzo, seria o oposto do que são os evangélicos, e o jornalista não se contenta com pouco no que se refere à crítica a esse setor da sociedade: “Retrógrados, reacionários, repressores, fascistas e inimigos da democracia. Já foram condenados como machistas, homofóbicos e fanáticos”.

Indo além, o colunista da revista Veja diz que o que torna os evangélicos incômodos “está nas suas convicções como cidadãos”. Sem falar francamente, Guzzo dá indícios de quais pontos o incomodam na forma de ver, ser e pensar dos evangélicos: a oposição ao “progressismo”, à relativização de valores e a desidratação da família como instituição. (Texto extraído dos site Gospel Mais).

Em primeiro lugar, o jornalista ignora completamente o que é a igreja evangélica brasileira e, portanto, desconhece que ela é o maior meio de inclusão social de nossa sociedade.

De acordo com textos como Mateus 5:13-16 e Mateus 25:35-40 vemos que a igreja tem um relevante papel social, devendo influenciar a sociedade preservando e implementando valores éticos e morais, acolhendo e socorrendo o necessitado, o enfermo e o excluído social.

O artigo ignora por completo os muitos benefícios que o evangelho traz à sociedade. Principalmente quando se vê que está nas mãos desse segmento o maior número de casas de recuperação de drogados que tem um alto índice de recuperação, (entre os quais eu me incluo), assim como o trabalho intensivo de atendimento aos presidiários que também tem o protagonismo intenso de pastores e líderes. Para não falar em creches, asilos e trabalho beneficente e de atendimento a refugiados, nos quais os evangélicos estão também na vanguarda.(Comentário de Asaph Borba).

A Igreja pode e deve se posicionar a respeito da educação, do indivíduo, da família e da sociedade em geral, pois tem em suas mãos os princípios que nortearam a cultura ocidental desde sempre. Não é possível pensar em cultura ocidental sem pensar em cristianismo! Assim temos o cristianismo como fonte de importantes serviços sociais, como a educação, o estímulo da ciência, da medicina, da economia, da cultura, da filosofia etc.

O jornalista desconhece também o fato de que a expressiva maioria dos pastores e líderes evangélicos é formada por pessoas simples, que trabalha secularmente para seu sustento e de sua família, pessoas humildes e sinceras que praticam o seu ministério por amor, motivados pela fé no Senhor Jesus.

Então, por que esse esforço tão grande para menosprezar e difamar de forma tão preconceituosa esse “povo em grande parte do ‘tipo moreno’ ou ‘brasileiro’, que “vem sendo visto com horror crescente pela gente (de) bem do Brasil”?

Esse povo “tipo moreno” representa a maioria do povo brasileiro, porque mesmo os que não são evangélicos, na sua maioria acreditam e defendem os mesmos princípios e valores. Segundo o jornalista, o grande problema dos evangélicos “está em suas convicções” como cidadãos.

Quem são as pessoas de “bem” que vêem “com horror crescente” os evangélicos? Devem ser as pessoas que procuram enfiar goela abaixo seus valores, impondo-os como normas de comportamento para toda a sociedade, Devem ser aqueles que pregam a desconstrução da família, que apoiam uma sociedade sem valores ou limites, que vêem com naturalidade exposições que estimulam a pedofilia, a zoofilia, que chamam de arte à pornografia, e assim por diante.

A Igreja Unida reconhece o direito que cada pessoa tem de viver como acredita ou quer, mas não admite ser obrigada a aceitar isso como regra para toda a sociedade, desde que isso infrinja os princípios morais e éticos estabelecidos pela Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.

Como disse o deputado Ezequiel Teixeira quando “Admitiu que os evangélicos são um “povo que incomoda”, mas deixou claro que só se sentem incomodados os que defendem a imoralidade. “Somos um povo que verdadeiramente luta pelos valores da família, contra o lixo moral e a pedofilia. E nós vamos continuar incomodando, doa a quem doer”, avisou o parlamentar”.

Repudiamos veementemente o artigo do sr. José Roberto Guzzo por sua postura injuriosa e preconceituosa contra a Igreja Evangélica e protestamos contra a Revista Veja por ter admitido publicar tal artigo. Felizmente não somos mais assinantes da mesma.


Leonardo Meyer, Presidente da Igreja Unida.
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